terça-feira, 17 de novembro de 2009

Proclamação da República no Brasil


História da Proclamação da República, feriado do dia 15 de Novembro, crise da monarquia, Marechal Deodoro da Fonseca, movimento republicano, história do Brasil, fim da monarquia, democracia no Brasil.


A Proclamação da República (15/11/1889)


Introdução


No final da década de 1880, a monarquia brasileira estava numa situação de crise, pois representava uma forma de governo que não correspondia mais às mudanças sociais em processo. Fazia-se necessário a implantação de uma nova forma de governo, que fosse capaz de fazer o país progredir e avançar nas questões políticas, econômicas e sociais.
Crise da Monarquia


A crise do sistema monárquico brasileiro pode ser explicada através de algumas questões:


• Interferência de D.Pedro II nos assuntos religiosos, provocando um descontentamento na Igreja Católica;


• Críticas feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que não aprovavam a corrupção existente na corte. Além disso, os militares estavam descontentes com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra;


• A classe média (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do império;


• Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande poder econômico;


Diante das pressões citadas, da falta de apoio popular e das constantes críticas que partiam de vários setores sociais, o imperador e seu governo, encontravam-se enfraquecidos e frágeis. Doente, D.Pedro II estava cada vez mais afastado das decisões políticas do país. Enquanto isso, o movimento republicano ganhava força no Brasil.


A Proclamação da República

No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, demitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Na noite deste mesmo dia, o marechal assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório.


Após 67 anos, a monarquia chegava ao fim. No dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família imperial partiam rumo à Europa. Tinha início a República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo provisoriamente o posto de presidente do Brasil. A partir de então, o pais seria governado por um presidente escolhido pelo povo através das eleições. Foi um grande avanço rumo a consolidação da democracia no Brasil.

Fonte: http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/proclamacaodarepublica.htm



HINO DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
Letra: Medeiros e Albuquerque
Música: Leopoldo Augusto Miguez

Seja um pálio de luz desdobrado.
Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperança, de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, avante, da Pátria no altar!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em o nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou este audaz pavilhão!
Mensageiros de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Fonte: http://www.velhosamigos.com.br/DatasEspeciais/diarepub4.html

Autores:

. Leopoldo Miguez (1850/1902) - Filho de pai espanhol e mãe brasileira, Leopoldo Américo Miguez nasceu no Rio de Janeiro, em 08 de setembro de 1850, onde morreu em 06 de julho de 1902, deixando numerosa obra. Republicano convicto, o compositor inscreveu-se no concurso aberto à composição do Hino à Proclamação da República, realizado em janeiro de 1890, obtendo, entre 29 candidatos, o primeiro lugar. Ele foi o primeiro diretor do Instituto Nacional de Música, criado após a Proclamação da República, para substituir o Conservatório de Música. Além de compositor inspirado e regente, era um bom administrador. Com a autorização do Governo e sem ônus para os cofres públicos, ele viajou para a Europa. Visitou conservatórios e recolheu sugestões para serem aplicadas ao ensino, adquirindo nessa viagem instrumentos, aparelhos de acústica e livros para o Instituto. Ele também comprou um grande órgão de tubos da marca “Wilhelm Sauer”, que ofereceu ao Instituto com o prêmio de 20 contos que ganhou pelo primeiro lugar no concurso. Leopoldo Miguez ocupou a cadeira de composição de 1890 a 1896, abandonando-a para dirigir o curso de violino. Foi ele o responsável pela orquestração oficial do Hino Nacional Brasileiro, mantida até 1936. Em 1937, o Instituto Nacional de Música tornou-se a Escola Nacional de Música.

. Medeiros e Albuquerque (1867/1934) - José Joaquim de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque, nasceu em Recife, PE, em 04 de setembro de 1867, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1934. O autor da letra do Hino da República era professor, jornalista, político, contista, poeta, orador, romancista, teatrólogo, ensaísta, memorialista, e membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Ainda no Império, foi nomeado professor primário. Tomou parte ativa na propaganda republicana. Após a Proclamação da República foi nomeado secretário e depois diretor geral do Ministério do Interior. Foi presidente do Conservatório Dramático e diretor geral da Instrução Pública. Os hinos finalistas do concurso que escolheu o Hino da Proclamação da República, foram compostos sobre os versos de Medeiros e Albuquerque. Venceu o de Leopoldo Miguez.

Fontes: Música na Escola Primária, 1962, MEC (Ministério da Educação e Cultura); Escola de Música da UFRJ

by Charles...

Nenhum comentário:

Postar um comentário