Sinopse do Filme:
O que é isso, Companheiro?
O que é isso, Companheiro?
Baseado em livro homônimo de Fernando Gabeira, o filme nos desloca para os anos de chumbo da ditadura militar brasileira (1964-1984) e nos coloca no meio de uma das mais ousadas ações empreendidas por grupos oposicionistas daquela época.
Discutir o golpe militar de 1964 e seus desdobramentos é parte essencial desse exercício de democracia que temos vivido. Não para alimentarmos revanchismos ou para acharmos culpados que tenham que necessariamente sofrer punições, em absoluto, o que se espera é que, o sangue vertido, a mordaça colocada nas bocas de tantas pessoas, o exílio a que muitos foram submetidos, o absolutismo político que imperou no país durante aquele tempo e tantas outras arbitrariedades, não possam, jamais, voltar a imperar em nossas terras.
"O que é isso, companheiro" é um recurso de grande estima para a retomada desses acontecimentos e temas.
A História
Atentos ao fato de que a rigorosa censura imposta ao país pelos governantes não permite que eles estabeleçam canais de comunicação com o grande público (o qual pretendem atingir para conseguirem causar comoção, novos aliados para sua causa, o favorecimento da opinião pública ou ainda esclarecimento da massa), Marcão (Luís Fernando Guimarães), Maria (Fernanda Torres), Fernando (Pedro Cardoso), Clara (Cláudia Abreu) e seus companheiros decidem partir para uma ação bombástica, que teria enorme repercussão, o sequestro do embaixador dos Estados Unidos.
Auxiliados por Toledo (Nelson Dantas) e Jonas (Matheus Natchergaele), dois experientes oposicionistas vindos de um grupo de São Paulo, o grupo consegue capturar Charles Elbrick (Alan Arkin) e mantê-lo em cativeiro durante algum tempo. Furam o bloqueio imposto pela censura e iniciam negociações para poder libertá-lo em troca de prisioneiros do sistema.
Auxiliados por Toledo (Nelson Dantas) e Jonas (Matheus Natchergaele), dois experientes oposicionistas vindos de um grupo de São Paulo, o grupo consegue capturar Charles Elbrick (Alan Arkin) e mantê-lo em cativeiro durante algum tempo. Furam o bloqueio imposto pela censura e iniciam negociações para poder libertá-lo em troca de prisioneiros do sistema.
Aos professores
2- A discussão sobre a intolerância e as proibições impostas durante a ditadura militar pode estimular uma análise sobre o hoje, sobre a forma como o processo político brasileiro se encontra na atualidade. Paralelamente a isso, podem ser feitas pesquisas que nos esclareçam se, fora do campo político, existem outros setores que estabelecem restrições ou censuras e, de que forma isso acontece.
3- O idealismo que move os personagens do filme parece característica fora de época no Brasil atual. Analisar o engajamento político daquela época e o descaso e descrédito de muitos brasileiros com instituições partidárias e suas pregações pode constituir tema interessante para muitas aulas. Será que a participação dos jovens em instituições e grupos do terceiro setor (ONGs) não constitui uma alternativa ao engajamento político?
4- A busca de artigos disponibilizados por revistas e jornais falando sobre o filme e, também, sobre o sequestro do embaixador americano, além da leitura do livro de Fernando Gabeira, podem gerar comparações entre o que foi apresentado nas telas e o que foi escrito pelos jornalistas e por participantes do sequestro (a revista superinteressante, por exemplo, publicou um artigo sobre o caso).
Ficha Técnica
O que é isso, companheiro?
País/Ano de produção:- Brasil, 1997
Duração/Gênero:- 105 min., Drama
Direção:- de Bruno Barreto
Roteiro:- de Leopoldo Serran, baseado em livro de Fernando Gabeira
Elenco :- Pedro Cardoso, Fernanda Torres, Luís Fernando Guimarães,
Alan Arkin, Matheus Natchergaele, Cláudia Abreu, Nelson Dantas, Marco Ricca.
Grupo libertado na ação
Grupo sendo recebido por Fidel em Cuba
Postado por: Claudia Zelini Diello
Fonte:http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=75
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