Por: Claudia Zelini Diello
A Última Ceia (em italiano L'Ultima Cena e também Il Cenacolo) é uma pintura de Leonardo da Vinci para de seu protetor, o Duque Lodovico Sforza. Representa a cena da última ceia de Jesus com os apóstolos antes de ser preso e crucificado como descreve a Bíblia. É um dos maiores bens conhecidos e estimados do mundo. Ao contrário de muitas pinturas valiosas, nunca foi possuída particularmente porque não pode ser removida do seu local de origem, já que esta pintada sobre a parede do refeitorio do convento
A Última Ceia Leonardo da Vinci,
1495-1497 Mista com predominância da têmpera
e óleo sobre duas camadas de preparação
de gesso aplicadas sobre reboco(estuque)
e óleo sobre duas camadas de preparação
de gesso aplicadas sobre reboco(estuque)
460 × 880 cm Refeitório de Santa Maria delle Grazie (Milão)
O trabalho se encontra no convento de Santa Maria delle Grazie em Milão que o Duque mandou construir para, entre outras coisas, servir de lugar para sepultar seus familiares. O tema era uma tradição para refeitórios, mas a interpretação de Leonardo deu um maior realismo e profundidade ao lugar.
Leonardo da Vinci passou grande parte destes três anos dando atenção integral a esta pintura o que era fato raro para um pintor versátil e do seu quilate.
Sofreu agressões ao longo do tempo desde a abertura de uma porta pelos padres até ao bombardeio aéreo na Segunda Guerra Mundial.
Estudo de Leonardo para a "Santa Ceia", contendo o nome de cada um dos apóstolos
Leonardo da Vinci passou grande parte destes três anos dando atenção integral a esta pintura o que era fato raro para um pintor versátil e do seu quilate.
Sofreu agressões ao longo do tempo desde a abertura de uma porta pelos padres até ao bombardeio aéreo na Segunda Guerra Mundial.
Estudo de Leonardo para a "Santa Ceia", contendo o nome de cada um dos apóstolos
Estudo de Leonardo para a "Santa Ceia", contendo o nome de cada um dos apóstolos
Esboço a carvão para a pintura da Última Ceia, por Leonardo
Ao centro, o Cristo é representado com os braços abertos, em um gesto de resignação tranqüila, formando o eixo central da composição. São representadas as figuras dos discípulos em um ambiente que, do ponto de vista de perspectiva, é exato. Sendo restaurada por sete vezes.
Esboço a carvão para a pintura da Última Ceia, por Leonardo
Os apóstolos se agrupam em quatro grupos de três, deixando Cristo relativamente isolado ao centro. Da esquerda para a direita (do ponto de vista de quem está diante da pintura), segundo as cabeças, estão no primeiro grupo: Bartolomeu, Tiago Menor e André; no segundo grupo Judas Iscariotes (cabelo e barba negra), Simão Pedro e João, este o único imberbe do grupo; Cristo ao centro; Tomé, Tiago Maior e Filipe (este também imberbe) e no quarto grupo estão Mateus (aparentemente com barba rala), Judas Tadeu e Simão Cananeu também chamado de Simão, o Zelote, por último. Estas identificações provêm de um manuscrito autógrafo de Leonardo encontrado no século XIX.
Cogita-se que o rosto de Judas representado na pintura retrataria Girolamo Savonarola, padre Dominicano que governou Florença e que foi executado por ordem do Papa Alexandre VI em 1498.
Estudo para a Ùltima Ceia, um dos apóstolos.
Estudo sobre o rosto de Cristo.
Esboço do rosto de Filipe.
Esboço do rosto de Judas.
Uma outra interpretação vem sido disseminada por Dan Brown, autor do livro O Código Da Vinci, de que o discípulo à direita de Jesus Cristo, João, seria na verdade Maria Madalena. Suas feições femininas e traços delicados seriam indicações disso.
Pela simetria nas roupas de Jesus e de Maria, os dois (Jesus e Maria Madalena) poderiam formar um casal. Segundo ele, notar-se-ia que as cores das roupas de Maria e Jesus são opostas: Maria (São João Evangelista) usa um vestido azul e uma manta vermelha e Jesus uma veste vermelha e uma manta azul, o que, segundo alguns, pode ter semelhanças com a representação oriental do Yin-Yang, o equilíbrio entre o masculino e feminino. Ao lado de Maria Madalena, Pedro estaria curvado de uma maneira ameaçadora, e a mão em direção ao pescoço dela seria um gesto negativo ou de morte, outra teoria seria que Pedro, através de um gesto de amizade, pede a São João Evangelista para que pergunte a Cristo quem o trairia. Outra interpretação é que simplesmente se trata da introdução do Santíssimo Sacramento notado pela presença do pão e do vinho nas mãos de Jesus. Esta suposta simetria pode ser desmentida por ser contrária à proposta formal de Leonardo. Por sua vez, similar à já empregada em "A adoração dos reis magos", onde divide a cena em dois volumes simétricos, pois a simetria é característica do renascimento. É exatamente o que se dá aqui, notando-se que o centro absoluto da obra é Cristo, e os outros personagens formam um cenário simétrico.
Dan Brown busca deixar dúvidas no ar sugerindo que Pedro sentia ciúmes pelo fato de Jesus confiar a Maria Madalena mais responsabilidade que aos seus apóstolos. Pode-se notar inclusive (na imagem ampliada) que ao centro, há uma mão segurando um punhal, que supostamente pertence a Pedro (Pedro está com a sua mão direita, com o punhal, estendida para trás, como se quisesse escondê-la), embora alguns especialistas digam que este punhal está de maneira aleatória, não pertencendo a nenhum dos apóstolos. Segundo estudos, tal punhal seria uma alusão a São Simão, o zelota, que era partidário do levante armado para libertar a Judéia do domínio romano.
Dan Brown deixa claro, também, que a imagem da suposta Maria Madalena, se recortada em um programa de edição de imagens, e movida de modo a ficar à direita de Jesus, demonstra uma precisão incontestável na pose que se forma. Tanto em graus quando na sobreposição, fica nítida a imagem de Maria Madalena com a cabeça apoiada sobre o ombro de Jesus, como um casal. Além disso, supõe-se que o espaço entre Maria e Jesus na figura original foi pintado propositalmente para insinuar um símbolo que se parece com uma letra "V", símbolo do sagrado feminino (também chamado de Cálice). Indo mais a fundo, pode-se enxergar uma letra "M", formada pela letra "V" anteriormente citada junto à duas hastes laterais, formadas pelas laterais dos corpos de Jesus e Maria. Esse "M", segundo Brown, seria uma abreviatura de Maria Madalena.
Há somente treze figuras na pintura: estaria faltando um "discípulo", o que seria pouco provável no ponto de vista histórico, mas à luz de uma leitura mais cuidada dos textos e da intenção de Leonardo Da Vinci quando da realização desta obra prima, a razão para tal poderia ser a seguinte:
O discípulo em falta seria Judas Iscariotes que saiu prematuramente da sala onde decorria a ceia (João 13:30 "Ele, tendo recebido o bocado, saiu logo. E era noite.") ficando então apenas 13 elementos à mesa, sendo, segundo o escritor, o elemento em causa a própria Maria Madalena, que, segundo Dan Brown, poderia ser a companheira de Jesus Cristo.
Um artigo interno do site português A Página, que trata da hipótese de que cada apóstolo representa um signo do zodíaco traz a seguinte idéia:
Pela simetria nas roupas de Jesus e de Maria, os dois (Jesus e Maria Madalena) poderiam formar um casal. Segundo ele, notar-se-ia que as cores das roupas de Maria e Jesus são opostas: Maria (São João Evangelista) usa um vestido azul e uma manta vermelha e Jesus uma veste vermelha e uma manta azul, o que, segundo alguns, pode ter semelhanças com a representação oriental do Yin-Yang, o equilíbrio entre o masculino e feminino. Ao lado de Maria Madalena, Pedro estaria curvado de uma maneira ameaçadora, e a mão em direção ao pescoço dela seria um gesto negativo ou de morte, outra teoria seria que Pedro, através de um gesto de amizade, pede a São João Evangelista para que pergunte a Cristo quem o trairia. Outra interpretação é que simplesmente se trata da introdução do Santíssimo Sacramento notado pela presença do pão e do vinho nas mãos de Jesus. Esta suposta simetria pode ser desmentida por ser contrária à proposta formal de Leonardo. Por sua vez, similar à já empregada em "A adoração dos reis magos", onde divide a cena em dois volumes simétricos, pois a simetria é característica do renascimento. É exatamente o que se dá aqui, notando-se que o centro absoluto da obra é Cristo, e os outros personagens formam um cenário simétrico.
Dan Brown busca deixar dúvidas no ar sugerindo que Pedro sentia ciúmes pelo fato de Jesus confiar a Maria Madalena mais responsabilidade que aos seus apóstolos. Pode-se notar inclusive (na imagem ampliada) que ao centro, há uma mão segurando um punhal, que supostamente pertence a Pedro (Pedro está com a sua mão direita, com o punhal, estendida para trás, como se quisesse escondê-la), embora alguns especialistas digam que este punhal está de maneira aleatória, não pertencendo a nenhum dos apóstolos. Segundo estudos, tal punhal seria uma alusão a São Simão, o zelota, que era partidário do levante armado para libertar a Judéia do domínio romano.
Dan Brown deixa claro, também, que a imagem da suposta Maria Madalena, se recortada em um programa de edição de imagens, e movida de modo a ficar à direita de Jesus, demonstra uma precisão incontestável na pose que se forma. Tanto em graus quando na sobreposição, fica nítida a imagem de Maria Madalena com a cabeça apoiada sobre o ombro de Jesus, como um casal. Além disso, supõe-se que o espaço entre Maria e Jesus na figura original foi pintado propositalmente para insinuar um símbolo que se parece com uma letra "V", símbolo do sagrado feminino (também chamado de Cálice). Indo mais a fundo, pode-se enxergar uma letra "M", formada pela letra "V" anteriormente citada junto à duas hastes laterais, formadas pelas laterais dos corpos de Jesus e Maria. Esse "M", segundo Brown, seria uma abreviatura de Maria Madalena.
Há somente treze figuras na pintura: estaria faltando um "discípulo", o que seria pouco provável no ponto de vista histórico, mas à luz de uma leitura mais cuidada dos textos e da intenção de Leonardo Da Vinci quando da realização desta obra prima, a razão para tal poderia ser a seguinte:
O discípulo em falta seria Judas Iscariotes que saiu prematuramente da sala onde decorria a ceia (João 13:30 "Ele, tendo recebido o bocado, saiu logo. E era noite.") ficando então apenas 13 elementos à mesa, sendo, segundo o escritor, o elemento em causa a própria Maria Madalena, que, segundo Dan Brown, poderia ser a companheira de Jesus Cristo.
Um artigo interno do site português A Página, que trata da hipótese de que cada apóstolo representa um signo do zodíaco traz a seguinte idéia:
"Jesus é o centro e não possui signo mas as qualidades de todos eles. Com a mão esquerda ele oferece energia ou atividade para os signos da primavera e do verão, representado por Da Vinci através da forma viva e expressiva dos seis primeiros apóstolos, e com a sua mão direita recolhe a energia ou experiência através dos signos do outono e do inverno, representado pela forma observadora e fria dos últimos seis apóstolos."
A mão esquerda de Jesus está em posição realmente de quem oferece, enquanto a direita tem a posição de quem irá pegar algo. Outra coisa bastante provável para essa teoria é que a parede esquerda do quadro, onde estão os apóstolos com posturas mais frias, encontra-se negra, escura, enquanto a parede direita, onde os apóstolos dali estão mais compreensiveis, está branca, limpa.
Tais interpretações alternativas podem ser contestadas com sucesso com a comparação de propostas formais e estruturais empregadas por Da Vinci em outras obras; no caso da última ceia, a leitura da passagem bíblica na qual o quadro baseou-se(Evangelho de João, capítulo 13) comprova convincentemente que as interpretações mais difundidas academicamente não são apenas mais fundamentadas, como mais lógica e racionalmente explicáveis tendo em vista o texto referencial como modelo. Fica claro ao leitor que é não apenas mais simples, mas também mais razoável observar a coerência da composição do quadro com a passagem em questão.
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